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Boldo-do-chile

Nome científico: Peumus boldus Molina

 

Sinônimos: Boldea boldus (Molina) Looser, Boldea fragrans (Ruiz & Pav.) Endl., Boldu boldus (Molina) Lyons, Boldu chilanum Nees, Boldus chilense Poepp., Laurus belloto Miers, Peumus fragrans Ruiz & Pav.

Família botânica: Monimiaceae

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Peumus-boldus-Molina-(adaptado-deTORRES-VEGA-et-al).png

Constituintes químicos

Alcaloides, flavonoides, cumarina, sesquiterpenoides e taninos. [1]

As folhas de boldo contêm entre 0,4 e 0,5% de alcaloides pertencentes à classe dos benzilisoquinolínicos, sendo boldina o principal alcaloide, representando cerca de 12 a 19% do conteúdo total de alcaloides. As folhas apresentam ainda taninos, óleo essencial, flavonoides e glicolipídios. A maioria dos relatos sobre a composição do óleo essencial aponta ascaridol como o principal componente.
Há também a presença de compostos fenólicos, além de um teor de catequina no chá de boldo de 2,25%, enquanto o de alcaloides totais, em equivalente de boldina, foi de 0,06%. [2]

Partes utilizadas

 

Folhas. [1]

Contraindicações

Não deve ser utilizado em crianças com história de convulsões. [3]

Ação farmacológica

Utilizado como colerético, para dispepsias funcionais e distúrbios gastrintestinais espásticos. [4]

Ativa a secreção biliar e suco gástrico e possui ação antioxidante e hepatoprotetora. Também possui ação antiespasmódica. [5]

Uso tradicional

 

Utlizado no tratamento de problemas digestivos e hepáticos. [2]

Eventos adversos

Já foram descritos casos de hepatotoxicidade e anafilaxia. [6]

Inibição da agregação plaquetária (decorrente da não formação do tromboxano A2) aumentando o risco de sangramento. [7]

Se usado como laxante e em uso prolongado, pode provocar hipocalemia. [8]

POTENCIAIS INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS
Medicamentos

 

 

Ácido acetilsalicílico, heparina, clopidogrel, varfarina (anticoagulantes e antiplaquetários). [4]

 Diuréticos tiazidicos. [8]

 


Estatinas. [8]

Drogas hepatotóxicas. [9]

Resultado Farmacológico

A boldina inibe a agregação plaquetária, pela inibição da formação do tromboxano A2, podendo assim ter uma ação aditiva, aumentando o risco de hemorragias. [8] 

Potencializa o efeito e aumenta risco de desequilíbrio eletrolítico. [8]

 

Pode apresentar efeito aditivo devido à redução do colesterol pelo boldo. [8]

Pode potencializar drogas hepatotóxicas e, em altas doses ser nefrotóxico por conter ascaridol no óleo essencial. [9]

Atividade sobre o Citocromo P450

Não foram encontradas atividades sobre o CYP450 nas referências pesquisadas até o momento.

Referências Bibliográficas

[1] ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. p. 1–114, 2016.

[2]RUIZ, Ana Lúcia TG et al. Farmacologia e toxicologia de Peumus boldus e Baccharis genistelloides. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 18, n. 2, p. 295-300, 2008.

[3] TÔRRES, A. R. et al. Estudo sobre o uso de plantas medicinais em crianças hospitalizadas da cidade de João Pessoa: riscos e benefícios. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 15, n. 4, p. 373-380, 2005.

[4] ALVES, L. P., LEITE, J.MS.; BEZERRA, K.G.D. et al. Potenciais interações entre medicamentos e plantas medicinais. III Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde. 2018. Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/conbracis/trabalhos/TRABALHO_EV108_MD1_SA3_ID1197_20052018235841.pdf. Acesso em 17 dez. 2019.

[5] DIAS, Eliana Cristina Moura et al. Uso de fitoterápicos e potenciais riscos de interações medicamentosas: reflexões para prática segura. Rev. baiana saúde pública, v. 41, n. 2, p. https://doi. org/10.22278/2318-2660.2017. v41. n2. a2306, 2018.

[6] FUKUMASU, Heidge et al. Fitoterápicos e potenciais interações medicamentosas na terapia do câncer. Revista Brasileira de toxicologia, v. 21, n. 2, p. 49-59, 2008.

[7] NICOLETTI, Maria A.; OLIVEIRA-JUNIOR, Marcos A.; BERTASSO, Carla C.; CAPOROSSI, Patrícia Y.; TAVARES, Ana P. L. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma-Ciências Farmacêuticas, 2007; 19(1/2): 32-40.

[8] ALMEIDA, S. Papel do Farmacêutico na deteção/informação das interações entre plantas e medicamentos usados na hipertensão e dislipidemia. 2016. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/42397/1/Anabela%20Almeida.pdf. Acesso em 21 nov. 2019.

[9] BOORHEM, R. L.; LAGE, E. B. Drogas e Extratos Vegetais Utilizados em Fitoterapia. Revista Fitos Vol.4 Nº01 março 2009.

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