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Erva-cidreira

Nome científico: Melissa officinalis L.

 

Sinônimos: Faucibarba officinalis (L.) Dulac, Mutelia officinalis (L.) Gren. ex Mutel, Thymus melissa E.H.L.Krause

Família botânica: Lamiaceae

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Melissa officinalis L. (WHO monographs v
Erva cidreira.jpg

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Constituintes químicos

Os principais constituintes característicos são os ácidos hidroxicinâmicos (ácidos rosmarínico [até 6%], p-cumárico, cafeico e clorogênico) e um óleo essencial (0,02 a 0,37%) composto por mais de 40% de monoterpenos e mais de 35% de sesquiterpenos. As estruturas do componente principal, ácido rosmarínico e de alguns terpenoides são apresentadas na imagem ao lado. [1]

O óleo essencial é rico em geranial, neral e citronelal, citral. Também podem ser encontrados compostos fenólicos, tais como flavonoides e derivados do ácido cafeico. [2]

Partes utilizadas

 

Partes aéreas (folhas e inflorescência). [2]

Contraindicações

Não deve ser utilizado por pessoas com hipotireoidismo; utilizar cuidadosamente em pessoas com pressão baixa. [3]

Contraindicada no hipotiroidismo, gravidez e lactação. [4]

 

Uso não recomendado em pessoas com úlcera gastroduodenal, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, hepatopatia, epilepsia e doença de Parkinson. É contraindicado em pessoas com glaucoma e hiperplasia benigna de próstata. [5]

Uso tradicional

 

Usado no tratamento de cólicas abdominais, quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave. Auxiliar em quadros leves de demência como estimulante da memória. [3]

Ação farmacológica

Carminativo, antiespasmódico, antiviral, eupéptico, antiséptico, sedatvo e anti-herpes em uso tópico. [6][1][4]

 

Eventos adversos

 

Hipinose e sedação; Concentrações reduzidas de TSH na hipófise e no soro. [7]

POTENCIAIS INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS
Medicamentos

Barbitúricos, sedativos, nicotina e escopolamina, ISRS (inibidores seletivos de recaptação de serotonina). [7]

 

Psicofármacos (na generalidade), pentobarbital, hexobarbital, carbimazol, levotiroxina, inibidores seletivos da recaptação da serotonina. [8] [5]

Plantas medicinais, especialmente, kava-kava (Piper methysticum). Depressores do sistema nervoso central e hormônios tiroideanos. [6]

Resultado Farmacológico

Sinergismo, inibição de ISRS = hipinose e sedação. [7]

Potencializa a ação destes fármacos; Pode aumentar o efeito hipnótico do pentobarbital e do hexobarbital. [8] [5]

Produz uma inibição significativa da ligação do hormônio tireoidiano com seu receptor; Poderá se ligar à tirotropina. [2] [6]

Compostos polifenólicos podem ser precursores de quinonas ou intermediários quinonametídeos que são inativadores das CYP. [2]

Atividade sobre o Citocromo P450

Referências Bibliográficas

 

[1] WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO monographs on selected medicinal plants vol. 2. World Health Organization, 1999.

[2] JARDIM, P.M.S. Plantas Medicinais E Fitoterápicos: Guia Rápido Para a Utilização De Algumas Espécies Vegetais – 2. Ed, 98p.. Brasília : Universidade de Brasília, 2016.

[3] BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2019. 4ª edição. 86 p. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/PlantasMedicinais.pdf. Acesso em 12 out. 2019.

[4] BOORHEM, R. L.; LAGE, E. B. Drogas e Extratos Vegetais Utilizados em Fitoterapia. Revista Fitos Vol.4 Nº01 março 2009.

[5] ANVISA. Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia Brasileira - Primeiro Suplemento, p. 160, 2018. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259456/Suplemento+FFFB.pdf/478d1f83-7a0d-48aa-9815-37dbc6b29f9a. Acesso em 17 out. 2019.

[6] NICOLETTI, Maria A.; OLIVEIRA-JUNIOR, Marcos A.; BERTASSO, Carla C.; CAPOROSSI, Patrícia Y.; TAVARES, Ana P. L. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma-Ciências Farmacêuticas, 2007; 19(1/2): 32-40.

[7] POSADZKI, P., WATSON, L., ERNST, E. Herb-drug interactions: An overview of systematic reviews, British Journal of Clinical Pharmacology, v. 75, n. 3, p. 603–618, 2013.

[8] ALMEIDA, S. Papel do Farmacêutico na deteção/informação das interações entre plantas e medicamentos usados na hipertensão e dislipidemia. 2016. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/42397/1/Anabela%20Almeida.pdf. Acesso em 21 nov. 2019.

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