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Canela, Caneleira-verdadeira

Nome científico: Cinnamomum verum J. Presl

 

Sinônimos: C. antillarum Lukmanoff, C. aromaticum J.Grah., C. barthii Lukmanoff, C. bengalense Lukmanoff, C. biafranum Lukmanoff, C. bonplandii Lukmanoff, C. boutonii Lukmanoff, C. capense Lukmanoff
C. cayennense Lukmanoff, C. cinnamomum Cockerell, C. cinnamomum Karst., C. commersonii Lukmanoff, C. cordifolium Lukmanoff, C. decandollei Lukmanoff, C. delessertii Lukmanoff, C. ellipticum Lukmanoff, C. erectum Lukmanoff., C. humboldtii Lukmanoff, C. iners Wight, C. karrouwa Lukman., C. leschenaultii Lukmanoff, C. longifolium hort., C. longifolium hort. ex Gentil, C. madrassicum Lukmanoff, C. maheanum Lukman., C. mauritianum Lukmanoff, C. meissneri  Lukmanoff, C. ovatum Lukmanoff, C. pallasii Lukmanoff., C. pleei Lukmanoff, C. pourretii Lukmanoff, C. regelii Lukmanoff, C. roxburghii Lukmanoff, C. sieberii Lukmanoff, C. sonneratii Lukmanoff, C. vaillantii Lukmanoff, C. variabile Lukmanoff, C. wolkensteinii Lukmanoff, C. zeylanicum Bl., C. zollingerii Lukmanoff, Laurus cassia Burm.fil., L. cinnamifera Stokes, L. cinnamomea Salisb., L. cinnamomum L., L. cinnamomum Roxb., L. culitlaban Buch.-Ham., L. culitlaban Buch.-Ham. ex Nees, L. montana Poepp. ex Meisn., L. rigida Wall., Persea cinnamomum Spreng.

Família botânica: Lauraceae

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Estruturas Canela.png

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Constituintes químicos

O principal constituinte do Cinnamomum verum é o cinamaldeído, em concentrações de 65 a 80% do óleo volátil; C. verum também contém 2-metoxicinamaldeído. C. verum difere de C. cassia no conteúdo de eugenol e cumarina. O óleo volátil do C. verum contém 10% de eugenol, enquanto em C. cassia, apenas traços dessa substância são encontrados. A cumarina está presente em C. cassia (0,45%), mas não em C. verum. [1]

Partes utilizadas

Cascas dos caules isentas da periderme e do parênquima cortical externo. [2]

Contraindicações

Contraindicado em casos de febre de origem desconhecida, úlceras estomacais ou duodenais. [1]

Não utilizar na gravidez, em lactantes e em pessoas com hipersensibilidade à canela e bálsamo-do-peru. [3]

Cuidado para pacientes com diabetes, doenças autoimunes e danos ao fígado. [4]

Eventos adversos

Podem ocorrer reações alérgicas de pele e mucosas. [3]


Pode ocorrer aumento do risco de hipoglicemia e sangramento. [4]

Uso tradicional

O chá das cascas é usado em casos de falta de apetite, perturbações digestivas com cólicas leves, flatulência e sensação de plenitude gástrica. Também usado como coadjuvante em tratamento hipoglicemiante. [3]

Usado popularmente para o coração, para "afinar o sangue", circulação, pressão alta, varizes. [5]

Usado também para antecipar a menstruação. [6]

Ação farmacológica

Possui ações antibacteriana, antifúngica, antialérgica, antitérmica, carminativa, analgésica e antiespasmódica. [3]

POTENCIAIS INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS
Medicamentos

Antibióticos, antiarrítmicos, anticoagulantes ou antiplaquetários, antidiabéticos, antifúngicos, antilipêmicos, agentes antineoplásicos, antirretrovirais, ansiolíticos, estrogênios, agentes hepatotóxicos, imunossupressores, simpaticomiméticos. [4]

Resultado Farmacológico

Inibição da liberação de ácido araquidônico e da formação de tromboxano B2, aumentando o risco de sangramento;

Inibição da atividade de HMG-CoA, que leva ao aumento do efeito de antilipêmicos;

Inibição de N-desmetilação da aminopirina, que leva a diminuição de suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas. [4]

Atividade sobre o Citocromo P450

Pode interagir com agentes que são metabolizados pelo citocromo P450. [4]

Referências Bibliográficas

[1] WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO monographs on selected medicinal plants vol. 1. World Health Organization, 1999.

[2] ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira 6.ed. Volume II. Brasília: Anvisa, 2019.

[3] BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2019. 4ª edição. 86 p. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/PlantasMedicinais.pdf. Acesso em 12 out. 2019.

[4] POSADZKI, P., WATSON, L., ERNST, E. Herb-drug interactions: An overview of systematic reviews, British Journal of Clinical Pharmacology, v. 75, n. 3, p. 603–618, 2013.

[5] GIRALDI, Mariana; HANAZAKI, Natalia. Uso e conhecimento tradicional de plantas medicinais no Sertão do Ribeirão, Florianópolis, SC, Brasil. Acta botanica brasilica, v. 24, n. 2, p. 395-406, 2010.  

[6] TAUFNER, Caroline F.; FERRAÇO, Eliane B.; RIBEIRO, Luci F. Uso de plantas medicinais como alternativa fitoterápica nas unidades de saúde pública de Santa Teresa e Marilândia, ES3. 2006.

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