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Aroeira

Nome científico: Schinus terebinthifolia Raddi

 

Sinônimos: Rhus schinoides Willd., Rhus schinoides Willd. ex Schult., Rhus trijuga Poir., Sarcotheca bahiensis Turcz., Schinus aroeira Vell., Schinus mellisii Engl., Schinus mucronulata Mart., Schinus terebinthifolia var. damaziana Beauverd

Família botânica: Anacardiaceae

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Schinus terebinthifolia Raddi (SILVA-JUNIOR et al).png

Constituintes químicos

Nas folhas são encontrados galato de etila, galato de metila, quercetina e miricetrina; Schinol e 4'-etil-4-metil-2,2, 6,6'-tetra-hidroxi [1,1'-bifenil] -4,4'-dicarboxilato. Esses dois compostos são responsáveis pela atividade antifúngica contra o fungo P. brasiliensis; Pequenas quantidades de sesquiterpenos, tais como (-) - β-elemeno; (-) - (E) -β-cariofileno; Germacrene B; α-bergamoteno; (-) - α-gurjuneno; (±) -germacreno racémico D; α-humuleno; Alo-aromadendrene; δ-cadineno; Terebaneno; Teredeneno; e o terebinteno podem ser encontrados no óleo essencial das frutas. [1]

A resina contém diversos monoterpenoides tais como limoneno, felandreno, pineno, dentre outros; saponinas, triterpenos, carotenóides, flavonóides (quercetina e seus derivados), taninos. [2]

Partes utilizadas

Folhas. [1]

Casca do caule. [3]

Ação farmacológica

Possui atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, atividade antioxidante (mostrou ter atividade antiinflamatória não esteroidal, agindo através da inibição da fosfolipase A2), atividade antifúngica, atividade antiinflamatória; capacidade de inibir a produção de NO sintase. [1]

Possui ações anti-inflamatória, antimicrobiana e cicatrizante. [4]

Possui atividades antioxidantes e citotóxicas in vitro no carcinoma de mama humano. Dois triterpenóides isolados de bagas de S. terebinthifolius foram caracterizados como inibidores competitivos específicos dirigidos ao sítio ativo da fosfolipase A2, o que indica atividade antiinflamatória. [5]

Contraindicações

Metabólitos (classe alquenil catecóis) são substâncias com propriedades alergênicas. [1]

Em caso de aparecimento de alergia, suspender o uso. [3]

Uso tradicional

Utilizado em casos de inflamação vaginal, leucorreia (corrimento vagina), como hemostático, adstringente e cicatrizante. [3]

Mais comumente usado com finalidade curativa por indígenas de regiões tropicais. Na África do Sul, o chá de folhas é usado no tratamento contra a gripe e a decocção é inalada para o tratamento de hipertensão, depressão e arritmias. A decocção da casca é utilizada no tratamento de reumatismo, podendo ser utilizada como antimicrobiana, antiviral, antiinflamatória, hemostática, para infecções urinárias e respiratórias. [1]

Utilizado na medicina popular como antiinflamatório, antipirético, analgésico e depurativo. Além disso, S. terebinthifolius tem sido usada para tratar doenças sexualmente transmissíveis, inflamação uterina, infecções do trato urinário, úlceras de pele e distúrbios gastroduodenais. É relatado o uso de espécies de aroeira no tratamento de pele, lesões de mucosas, úlceras e infecções respiratórias, digestivas e sistemas geniturinários. [5]

Eventos adversos

Estudos mostraram a relação entre espécies do gênero Schinus spp. e a ocorrência de dermatites de contato, sendo que esse processo está relacionado à produção de doenças secundárias. [1]

A presença de óleo resina e de saponinas pode levar à ocorrência de hipersensibilização. [2]

Foi relatado que quando as pessoas inalam por muito tempo o bálsamo aromático que exala do tronco de S. terebinthifolius, erupções semelhantes às do sarampo ou da escarlatina aparecem na pele. [5]

POTENCIAIS INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS

Não foram encontradas interações entre medicamentos e aroeira nas bibliografias pesquisadas até o momento, característica que poderia estar relacionada ao fato da aroeira ter seu uso mais difundido em formulações de uso externo (tópico).

Atividade sobre o Citocromo P450

Nenhuma ação sobre o CYP450 encontrada nas bibliografias pesquisadas até o momento.

Referências Bibliográficas

[1] SILVA-JUNIOR et al (1)SILVA-JÚNIOR, E. F. et al. Phytochemical compounds and pharmacological properties from Schinus molle Linnaeus and Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae). Journal of Chemical and Pharmaceutical Research, v. 7, n. 12, p. 389-393, 2015. 

[2] JARDIM, P.M.S. Plantas Medicinais E Fitoterápicos: Guia Rápido Para a Utilização De Algumas Espécies Vegetais – 2. Ed, 98p.. Brasília : Universidade de Brasília, 2016.(4)
[3] BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2019. 4ª edição. 86 p. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/PlantasMedicinais.pdf. Acesso em 12 out. 2019.
[4] FELTEN, R.D.; MAGNUS, K.; SANTOS, L.; SOUZA, A.H. Interações medicamentosas associadas a fitoterápicos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde. Revista Inova Saúde, Criciúma, vol. 4, n. 1, jul. 2015 

[5] CARVALHO, M. G. et al. Schinus terebinthifolius Raddi: chemical composition, biological properties and toxicity. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 15, n. 1, p. 158-169, 2013. 

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