Aroeira
Nome científico: Schinus terebinthifolia Raddi
Sinônimos: Rhus schinoides Willd., Rhus schinoides Willd. ex Schult., Rhus trijuga Poir., Sarcotheca bahiensis Turcz., Schinus aroeira Vell., Schinus mellisii Engl., Schinus mucronulata Mart., Schinus terebinthifolia var. damaziana Beauverd
Família botânica: Anacardiaceae

Licença de imagem: Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) Autor da imagem: jpccc

Licença de imagem: Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) Autor da imagem: Judy Gallagher

Licença de imagem: Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) Autor da imagem: jpccc
Clique na imagem para ampliar.
Clique na imagem para ampliar.
.png)
Constituintes químicos
Nas folhas são encontrados galato de etila, galato de metila, quercetina e miricetrina; Schinol e 4'-etil-4-metil-2,2, 6,6'-tetra-hidroxi [1,1'-bifenil] -4,4'-dicarboxilato. Esses dois compostos são responsáveis pela atividade antifúngica contra o fungo P. brasiliensis; Pequenas quantidades de sesquiterpenos, tais como (-) - β-elemeno; (-) - (E) -β-cariofileno; Germacrene B; α-bergamoteno; (-) - α-gurjuneno; (±) -germacreno racémico D; α-humuleno; Alo-aromadendrene; δ-cadineno; Terebaneno; Teredeneno; e o terebinteno podem ser encontrados no óleo essencial das frutas. [1]
A resina contém diversos monoterpenoides tais como limoneno, felandreno, pineno, dentre outros; saponinas, triterpenos, carotenóides, flavonóides (quercetina e seus derivados), taninos. [2]
Partes utilizadas
Folhas. [1]
Casca do caule. [3]
Ação farmacológica
Possui atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, atividade antioxidante (mostrou ter atividade antiinflamatória não esteroidal, agindo através da inibição da fosfolipase A2), atividade antifúngica, atividade antiinflamatória; capacidade de inibir a produção de NO sintase. [1]
Possui ações anti-inflamatória, antimicrobiana e cicatrizante. [4]
Possui atividades antioxidantes e citotóxicas in vitro no carcinoma de mama humano. Dois triterpenóides isolados de bagas de S. terebinthifolius foram caracterizados como inibidores competitivos específicos dirigidos ao sítio ativo da fosfolipase A2, o que indica atividade antiinflamatória. [5]
Contraindicações
Metabólitos (classe alquenil catecóis) são substâncias com propriedades alergênicas. [1]
Em caso de aparecimento de alergia, suspender o uso. [3]
Uso tradicional
Utilizado em casos de inflamação vaginal, leucorreia (corrimento vagina), como hemostático, adstringente e cicatrizante. [3]
Mais comumente usado com finalidade curativa por indígenas de regiões tropicais. Na África do Sul, o chá de folhas é usado no tratamento contra a gripe e a decocção é inalada para o tratamento de hipertensão, depressão e arritmias. A decocção da casca é utilizada no tratamento de reumatismo, podendo ser utilizada como antimicrobiana, antiviral, antiinflamatória, hemostática, para infecções urinárias e respiratórias. [1]
Utilizado na medicina popular como antiinflamatório, antipirético, analgésico e depurativo. Além disso, S. terebinthifolius tem sido usada para tratar doenças sexualmente transmissíveis, inflamação uterina, infecções do trato urinário, úlceras de pele e distúrbios gastroduodenais. É relatado o uso de espécies de aroeira no tratamento de pele, lesões de mucosas, úlceras e infecções respiratórias, digestivas e sistemas geniturinários. [5]
Eventos adversos
Estudos mostraram a relação entre espécies do gênero Schinus spp. e a ocorrência de dermatites de contato, sendo que esse processo está relacionado à produção de doenças secundárias. [1]
A presença de óleo resina e de saponinas pode levar à ocorrência de hipersensibilização. [2]
Foi relatado que quando as pessoas inalam por muito tempo o bálsamo aromático que exala do tronco de S. terebinthifolius, erupções semelhantes às do sarampo ou da escarlatina aparecem na pele. [5]
POTENCIAIS INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS
Não foram encontradas interações entre medicamentos e aroeira nas bibliografias pesquisadas até o momento, característica que poderia estar relacionada ao fato da aroeira ter seu uso mais difundido em formulações de uso externo (tópico).
Atividade sobre o Citocromo P450
Nenhuma ação sobre o CYP450 encontrada nas bibliografias pesquisadas até o momento.
Referências Bibliográficas
[1] SILVA-JUNIOR et al (1)SILVA-JÚNIOR, E. F. et al. Phytochemical compounds and pharmacological properties from Schinus molle Linnaeus and Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae). Journal of Chemical and Pharmaceutical Research, v. 7, n. 12, p. 389-393, 2015.
[2] JARDIM, P.M.S. Plantas Medicinais E Fitoterápicos: Guia Rápido Para a Utilização De Algumas Espécies Vegetais – 2. Ed, 98p.. Brasília : Universidade de Brasília, 2016.(4)
[3] BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2019. 4ª edição. 86 p. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/PlantasMedicinais.pdf. Acesso em 12 out. 2019.
[4] FELTEN, R.D.; MAGNUS, K.; SANTOS, L.; SOUZA, A.H. Interações medicamentosas associadas a fitoterápicos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde. Revista Inova Saúde, Criciúma, vol. 4, n. 1, jul. 2015
[5] CARVALHO, M. G. et al. Schinus terebinthifolius Raddi: chemical composition, biological properties and toxicity. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 15, n. 1, p. 158-169, 2013.