Arnica
Nome científico: Arnica montana L.
Sinônimos: Arnica alpina f. inundata Porsild, Arnica montana var. alternifolia Cariot & St.-Lag., Arnica montana var. montana, Arnica petiolata Schur, Arnica plantaginifolia Gilib.
Família botânica: Asteraceae

Licença de imagem: Attribution-ShareAlike 4.0 International (CC BY-SA 4.0) Autor da imagem: John Ingar Øverland

Licença de imagem: Attribution-ShareAlike 4.0 International (CC BY-SA 4.0) Autor da imagem: John Ingar Øverland
Clique na imagem para ampliar.
Clique na imagem para ampliar.
.png)
Constituintes químicos
Óleo essencial, ácidos graxos, timol, lactonas sesquiterpênicas e heterosídeos de flavonoides. As principais lactonas sesquiterpênicas são a helenalina (1), a 11α, 13-diidrohelenalina (2) e seus ésteres de ácidos graxos. Os flavonoides incluem heterosídeos de espinacetina, hispidulina, patuletina e isoramnetina, entre outros. [1]
Partes utilizadas
Folhas [2] e Capítulos florais [3].
Ação farmacológica
Possui ação anti-inflamatória, analgésica, cicatrizante, antisséptica, antimicrobiana antifúngica, anti-histamínica. [4]
Possui ação anti-inflamatória. A helenalina apresenta atividade citotóxica para uma ampla variedade de linhas de células cancerosas in vitro e diminui os níveis de cálcio intracelular em fibroblastos em cultura e potencializa as respostas induzidas pela vasopressina e bradicinina. [1]
Uso tradicional
Usada como anti-inflamatório em traumas, contusões, torções e edemas por fraturas e torções; em hematomas e equimose. [3]
Para dor no corpo, erupção na pele e feridas. [2]
Contraindicações e Eventos Adversos
Não utilizar por via oral, pois pode causar gastroenterites e distúrbios cardiovasculares, falta de ar e morte. Não aplicar em feridas abertas. Não usar em gestantes e lactantes.
Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae. [3]
Pode, em casos isolados, provocar reações alérgicas na pele, como vesiculação e necrose. Não utilizar por período superior a 7 dias. [3]
POTENCIAIS INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS
O uso da Arnica montana é externo. As potenciais interações a seguir se referem ao uso interno da Arnica montana
Medicamentos
Devido ao fato de conter cumarinas, pode, potencialmente, interagir com anticoagulantes, por exemplo, varfarina. [5]
Anti-hipertensivos. [6]
Resultado Farmacológico
Cumarinas como escopoletina, bergapten e umbeliferona reduzem a agregação de plaquetas induzida por ADP; interfere com farmacocinética da varfarina, diminuindo seu metabolismo, ou seja, aumentando seu efeito. [7]
A Arnica montana (arnica verdadeira) aumenta o efeito anticoagulante devido a presença de derivados cumarínicos. [8]
Diminuem o efeito dos anti-hipertensivos em geral. [6]
Atividade sobre o Citocromo P450
Nenhuma atividade encontrada nas bibliografias pesquisadas
Referências Bibliográficas
[1] WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO monographs on selected medicinal plants vol. 3. World Health Organization, 1999.
[2] ALONSO-CASTRO, Angel Josabad et al. Medicinal plants used in the Huasteca Potosina, México. Journal of ethnopharmacology, v. 143, n. 1, p. 292-298, 2012.
[3] BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2019. 4ª edição. 86 p. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/PlantasMedicinais.pdf. Acesso em 12 out. 2019.
[4] BOORHEM, R. L.; LAGE, E. B. Drogas e Extratos Vegetais Utilizados em Fitoterapia. Revista Fitos Vol.4 Nº01 março 2009.
[5] JARDIM, P.M.S. Plantas Medicinais E Fitoterápicos: Guia Rápido Para a Utilização De Algumas Espécies Vegetais – 2. Ed, 98p.. Brasília : Universidade de Brasília, 2016.
[6] SILVA, N.C.S. Tudo que é natural não faz mal? Investigação sobre o uso de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos por idosos, na cidade de Iapu - Leste de Minas Gerais. ÚNICA Cadernos Acadêmicos. 2016. V. 2 (2)
[7] LEITE, João Paulo V. et al. Constituents from Maytenus ilicifolia leaves and bioguided fractionation for gastroprotective activity. Journal of the Brazilian Chemical Society, v. 21, n. 2, p. 248-254, 2010.
[8] MENDONÇA LEITE, P. Uso de plantas medicinais e sua potencial interferência no controle da anticoagulação oral em cardiopatas atendidos em clínica de anticoagulação de um hospital universitário. 2015. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BB3K4L/1/disserta__o___paula_mendon_a_leite.pdf. Acesso em 18 dez. 2019.